Primeiras impressões do Mercedes Vito

Van leva 8 pessoas e bagagem com conforto, e não exige CNH tipo D.
Motor 2.0 turbo garante fôlego, mas faltam itens como câmera de ré.

As placas verdes, indicando que se trata de um veículo de testes ajudam a chamar a atenção nas ruas. Mesmo que tivesse placas convencionais, cinzas, o grandalhão iria atrair olhares curiosos por onde passasse. Capaz de levar 8 pessoas e bagagem com conforto, mas sem ter "cara" de van, o Vito é um dos Mercedes-Benz mais versáteis e, curiosamente, baratos à venda no Brasil.

Nas concessionárias de veículos comerciais da marca desde o fim do ano passado, o modelo é vendido em 3 versões, uma para cargas, com motor 1.6 a diesel de 114 cavalos, e duas para passageiros, com motor 2.0 turboflex de 184 cv.
O G1 avaliou por uma semana a versão mais completa, Tourer Luxo, que custa R$ 162 mil. No lançamento, porém, o preço era de R$ 139.990, ou R$ 22.010 a menos.
O Vito é bem completo, e traz itens como ar-condicionado, volante com regulagem de altura e profundidade, rádio com entrada USB e conexão Bluetooth, controles de tração e estabilidade e monitoramento de cansaço do condutor. Ainda assim, faltam equipamentos simples, como sensor de estacionamento e câmera de ré.

Tem concorrentes?
De acordo com a Mercedes, a principal utilização do Vito é o transporte executivo, porém em uma embalagem mais compacta. Ela não necessita de habilitação na categoria D, própria para veículos com peso bruto acima de 3,5 mil kg e capacidade para mais de 8 passageiros. A do tipo B, para veículos de passeio, basta.
A proposta do Vito também se encaixa em famílias que precisam de mais espaço para pessoas e bagagens do que os 7 lugares e porta-malas ínfimos das minivans. De quebra, ele ainda é mais barato do que rivais com este perfil, como Kia Grand Carnival (R$ 252.490) e Chrysler Town & Country (R$ 269,9 mil).
Neste caso, o modelo que mais se aproxima é o chinês Jac T8, van que leva 7 e custa R$ 95.990.

Não há sensor de ré ou câmera de estacionamento no Mercedes-Benz Vito Tourer (Foto: André Paixão/G1)

Gigante atrapalhado
A posição de dirigir mais alta lembra a de picapes e SUVs grandes – e o porte também. Apesar de ser menor do que uma Chevrolet S10, é indispensável ter cuidado na hora de guiar a van de 5,14 metros de comprimento, 3,20 m de entre-eixos, 1,93 m de largura e 1,91 m de altura.
Em certas situações, é preciso calcular melhor o posicionamento em ruas mais apertadas e “abrir” um pouco antes de fazer curvas. Mas nada que seja um grande desafio para o motorista. Até porque, com 3.050 kg de peso bruto, o Vito não exige do condutor habilitação na categoria D.

O grande deslize da Mercedes é não oferecer sensor ou câmera de estacionamento. Isso faz dele um gigante atrapalhado na hora de manobrar. Imagine fazer uma baliza com a visão obstruída por passageiros nos assentos centrais. Não é uma tarefa fácil, e um item que não custa tão caro deveria ser obrigatório em um carro que custa mais de R$ 150 mil.
É preciso fazer algumas concessões na hora de dirigir. O pedal de freio é mais pesado do que o habitual. Já a transmissão, manual de seis marchas, não tem a precisão de outras que equipam carros de passeio, e as vezes, é difícil conseguir engatar a primeira marcha – as demais possuem engate normal.

Acesso ao banco traseiro é bom, e cabine acomoda bem todos os ocupantes (Foto: André Paixão/G1)

Conforto para todos
Quem viaja das duas fileiras ainda conta com poltronas individuais revestidas com imitação de couro, com cintos de três pontos e possibilidade de inclinação, quatro fixações do tipo Isofix, ar-condicionado com quatro saídas nas duas fileiras traseiras, tomadas 12V e luzes de LED no teto.
O espaço é farto, inclusive para quem tem mais de 1,90 m. Ainda é possível rebater o encosto de cada um dos bancos, bem como rebater o assento ou até mesmo retirar completamente os bancos, tudo em nome do espaço.

Há saídas de ar e lâmpada auxiliar nas fileiras de trás do Mercedes-Benz Vito Tourer (Foto: André Paixão/G1)

Acabamento não é de luxo
Ao contrário da linha de automóveis da Mercedes, que costuma ter acabamento primoroso, o Vito não mostra constrangimento em ostentar plásticos duros pela cabine. Porém, todos os encaixes são precisos, e a falha é perdoada pelo fato de o modelo ser um comercial.
Por outro lado, há alguns componentes compartilhados com os automóveis, caso do volante multifuncional (que não é revestido de couro), alavanca de seta, chave e até os comandos de vidros elétricos.
O Vito não abre mão de oferecer alguns outros “mimos” para o motorista. Sobram porta-trecos pela cabine. A direção elétrica é macia (mais até do que a de alguns veículos de passeio), o computador de bordo é completo, e há fixação do tipo Isofix em todos os assentos das fileiras traseiras.
Ainda há rádio com entrada USB e auxiliar e conexão Bluetooth. O visual poderia ser mais moderno, inclusive com uma central multimídia. Mas tendo em vista que o modelo é um veículo comercial, este não é um ponto crucial.


Direção elétrica do Vito é macia, mas câmbio tem engates imprecisos (Foto: André Paixão/G1)

Ao volante
Durante o teste, foram mais de 700 km rodados, em vias urbanas e rodoviárias. O consumo urbano, com gasolina, ficou em 8 km/l, e o rodoviário, em 11,7 km/l. Em movimento, o Vito surpreende e empolga. Esqueça o comportamento pacato de outras vans. O veículo da Mercedes se sai muito bem com o motor de 2 litros com turbo e flexível.
Os 184 cv dão muito bem conta dos 2.175 kg, e fazem da van um veículo ágil. Até as 1.800 rotações por minuto, o desempenho é razoável, mas basta o motor “encher” um pouco para que o ponteiro velocímetro se mova com vontade.
O câmbio tem relações longas, e é possível fazer trocas de marcha com menos de 3 mil rpm que o desempenho ainda convence. Por outro lado, na hora de acelerar, é possível alcançar 120 km/h já em quarta marcha. A máxima, de acordo com a Mercedes, é de 160 km/h.
Mesmo com o veículo carregado, o desempenho agrada. Na hora de fazer curvas, nova surpresa com o bom comportamento da van. Não dá pra comparar com um ágil sedã da marca, mas, mesmo assim, a carroceria não tem rolamento excessivo. Já a suspensão, independente nas 4 rodas, transmite as imperfeições do solo aos ocupantes, com um sacolejar típico de vans maiores.

Chave do Vito Tourer é semlhante à de outros carros da Mercedes (Foto: André Paixão/G1)

Conclusão
O Vito pode ser considerado uma opção para as famílias que necessitam (muito) espaço. É a única van no mercado com fixação Isofix. Se parece pouco prático ter um carro tão grande para o cotidiano, o volume de pessoas que demonstrou curiosidade e interesse pelo carro nas ruas parece justificar a venda dele no Brasil.
Uma sugestão para a Mercedes é oferecer o modelo com alguns opcionais que trariam maior requinte, caso de uma central multimídia, câmbio automático, além de outros que melhorariam a experiência de condução, como sensor e câmera de ré.
Na Europa, existe até mesmo o Classe V, um modelo específico da divisão de automóveis para atender a este perfil de compradores. Quem sabe ele não teria um espaço aqui no país.

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Fonte: Auto Esporte





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