Caixa de marcha: saiba como funciona e os principais cuidados necessários


A caixa de marcha é uma parte muito importante do sistema de transmissão de um veículo, e alguns cuidados são necessários para que não haja desgaste prematuro e quebras. Dependendo do modelo, os custos de manutenção podem ser bem altos, colocando em risco o seu planejamento financeiro.


Ao longo deste texto, mostraremos como funciona, qual a função da caixa de marcha e que cuidados devem ser tomados com esse sistema para evitar possíveis problemas mecânicos. Acompanhe para ficar por dentro!

Como funciona e qual é a função da caixa de marcha?

Independentemente do tipo de caixa de marcha, ela tem basicamente duas funções. A primeira é controlar a força e a velocidade que serão transferidas às rodas.

Em um veículo manual, quando a primeira marcha é engatada, é selecionado um sistema de engrenagens que garante o torque máximo. Quando o veículo ganha velocidade, outras marchas vão sendo selecionadas e a relação das engrenagens é modificada. Com isso, o automóvel perde força, mas fica mais rápido.

A segunda função da caixa de marcha é alterar o sentido de rotação das rodas, o que acontece quando a ré é engatada.

Quais são os tipos de caixa de marcha?

Existem quatro tipos de caixa de marcha. Conheça quais são eles:

  • manual;
  • automática;
  • automatizada;
  • CVT.

O câmbio manual é o mais conhecido, no qual é usada uma embreagem e uma alavanca para selecionar a marcha desejada. Já na versão automática, cabe ao motorista apenas selecionar entre neutro, movimento para frente ou movimento para trás. Esse modelo é bem confortável, mas os custos de manutenção são maiores.

Os câmbios automatizados consistem em misturas entre manuais e automáticos. Nesse caso, as trocas acontecem manualmente ou de modo automático, mas não existe pedal de embreagem.

Os câmbios de Transmissão Continuamente Variável (CVT) não utilizam engrenagens para controlar a força transmitida às rodas, mas um conjunto de correias com tamanho variável. As principais vantagens desse sistema são a redução dos trancos durante as trocas de marcha e uma melhora no rendimento de combustível dos automóveis.

Quanto à sua utilização, os câmbios CVTs são semelhantes aos automatizados, trazendo a opção de mudanças manuais sem embreagem ou totalmente automáticas.

Quais são os sinais de que há problemas na caixa de marcha?

Se você percebeu alguma falha ou barulho ao dirigir seu automóvel, é bom ficar atento — isso pode significar um possível desgaste na caixa de marcha e, com o tempo, o problema só vai se agravando. Confira a seguir os principais sinais de que algo pode estar errado com o equipamento e evite imprevistos futuros!

Barulhos durante a troca de marchas

Nos carros manuais, uma situação comum é o surgimento de rangidos ou chiados, o que significa que a embreagem possivelmente está desajustada.

Marcha escapando

Outro caso normal em carros manuais é a dificuldade ou o impedimento ao tentar trocar a marcha, o que pode causar o enguiço do veículo a qualquer momento. Daí a necessidade de levá-lo até uma oficina sem demora.

Geralmente, esse contratempo é sinal de que o fluido da embreagem está abaixo do nível ou sua viscosidade não está adequada. Entretanto, também pode ser sinal de algo mais grave, como avarias na embreagem ou outros itens do sistema.

Atrito entre peças metálicas

A marcha não encaixa, como se você tentasse fazer a troca sem acionar a embreagem? O problema pode estar nos cabos que fazem a ligação entre o disco de embreagem e o pedal do carro.

Trepidação

Se o veículo começar a vibrar quando você trocar de marcha, as chances de que exista algum problema na caixa de marcha são grandes. Portanto, fique atento a qualquer trepidação.

Cheiro de queimado

Há condutores que sentem cheiro de óleo queimado, em especial depois de dirigir em marcha lenta. Esse é outro sinal de atenção — possivelmente a transmissão está superaquecida, o nível do fluido está baixo ou há excesso de resíduos no sistema.

No caso dos automóveis que contam com radiador para a caixa de marchas, o equipamento esfria o óleo e auxilia a transportar o calor para bem longe da unidade de transmissão.

Vazamentos

Encontrou uma mancha de algum líquido na sua garagem, bem debaixo do carro? Não perca tempo e procure um mecânico especializado. Afinal, esse é um dos principais sinais de que há algo errado com a caixa de marcha.

Pode ser que o óleo seja do motor — o que também merece bastante atenção —, mas também é possível que o fluido da transmissão figure como protagonista. Esse líquido é usado tanto em transmissões manuais quanto em automáticas e desempenha papel vital para o bom funcionamento de todo o sistema.

Ícone no painel do veículo

Por fim, fique de olho no painel de seu automóvel. Isso porque o ícone que indica problemas no motor também acende quando há alguma irregularidade na transmissão. Mas nada de tirar conclusões sozinho: apenas um especialista pode detectar qual é a real origem do defeito.

Que cuidados são necessários para não danificar o câmbio?

Principalmente se a caixa de marcha for CVT, os custos de manutenção podem ser bem altos em caso de quebra. Por isso, é muito importante ficar atento a sinais de desgaste e evitar práticas que prejudiquem o câmbio.

Sabe os famosos trancos durante as trocas em veículos manuais? Eles são muito nocivos ao sistema. Além disso, é importante não apoiar o braço na alavanca do câmbio.

Fique atento à velocidade do carro quando trocar as marchas e a reduções muito bruscas. Esse sistema foi feito para trabalhar em rotações específicas e, se você forçá-lo demais, a possibilidade de quebra ou desgaste prematuro é muito maior. Além disso, os coxins do motor, entre outros componentes, sofrerão bastante.

Quais manutenções devem ser feitas?

Quanto à manutenção, é primordial prestar atenção na lubrificação do sistema. Em uma matéria publicada na Revista Auto Esporte, o especialista Mário Sérgio, da Mariomatic, recomenda que a troca seja feita a cada 30 mil quilômetros rodados para fluidos minerais e 50 mil para os sintéticos, principalmente em veículos automáticos e automatizados.

Ignorar o período de troca é capaz de causar sérios danos à caixa de marcha e até mesmo o travamento do sistema por excesso de impurezas. Dependendo do local e como esse contratempo acontecer, além dos gastos com manutenção, você pode se envolver em um sério acidente.

Qual é a melhor forma de manter o câmbio em bom estado?

Preste atenção aos sinais de desgaste dos componentes da transmissão, como dificuldade de engatar as marchas e ruídos excessivos. Verifique se não existem vazamentos e, em veículos manuais, perceba se acontecem algumas mudanças na embreagem, como endurecimento ou pedal muito baixo.

Lembre-se de que os automóveis automáticos geralmente não apresentam falhas com frequência, mas todo cuidado é pouco quando se trata de problemas na caixa de marcha: como já abordamos, o estrago sai caro nesses modelos e pode chegar a custar até R$ 30 mil.

Manter os cuidados necessários com a caixa de marcha é muito importante, uma vez que vários acidentes ocorrem por falha mecânica. Além disso, é essencial praticar a manutenção preventiva, pois é por meio dela que você mantém não só a transmissão em ordem, mas também todo o veículo.

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