Volkswagen Amarok Extreme: um sedã disfarçado de picape

Levemente reestilizada, a picape média assume sua vocação urbana e têm seus atributos reforçados

A Amarok não é apenas uma picape de luxo. É um carro de passeio disfarçado de picape. Mas não se engane: para a maior parte dos consumidores de picapes, isso não é um demérito. Assumir a vocação urbana pode ser um diferencial da utilitária que chega às lojas com leve reestilização.


Avaliamos a versão mais cara, chamada Highline Extreme. Custa R$ 177.990 e não tem opcionais. Esse valor inclui um motor diesel 2.0 biturbo de 180 cavalos e 42,8 mkgf e transmissão automática de 8 velocidades, com tração integral permanente – a versão com o novo motor V6 deve chegar ainda este ano.

Se não fosse pelo propulsor a diesel, essa poderia ser a descrição de um automóvel esportivo. Atribuir esportividade à novidade, aliás, faz todo o sentido para a proposta: tem rodas de 20 polegadas e pneus de perfil baixo (225/50), para uso no asfalto.

Mas há outros detalhes que fazem esse Volkswagen parecer um Jetta superdimensionado. Repare nas abas laterais dos bancos dianteiros. Dotado de ajustes elétricos de 12 posições e couro sintético, os assentos são tão exclusivos que merecem até um emblema na lateral – chama-se ergoComfort. Extremamente confortáveis, possuem um nível de suporte lombar que nenhuma concorrente oferece.

No visual da carroceria, as diferenças da Amarok 2017 em relação a anterior estão no para-choque. A parte inferior da peça tem tomadas de ar maiores e retilíneas. Os faróis têm moldura escurecida e adotaram xenônio; agora também há luz de uso diurno. Na traseira não houve mudanças (eu avisei que as alterações de estilo eram leves).

Na lateral, um nada discreto adesivo com a inscrição “4MOTION” estampa a presença de tração 4×4. O sistema é integral e permanente. Ou seja, fica acionado o tempo todo – não há seletor.

Para enfrentar terrenos fora-de-estrada, basta acionar a função “off-road”, por meio de um botão no console central, ao lado do câmbio. A tecla ativa o bloqueio mecânico do diferencial traseiro, modifica a ação do sistema anti-blocante dos freios, liga um assistente de descidas e muda o regime da transmissão – as trocas são realizadas em giro mais alto.

Se o motorista preferir, também pode desligar o controle de estabilidade por comando no console – algo útil em determinadas situações de atoleiro.

A transmissão automática sequencial de oito marchas pode ser controlada manualmente por meio de toques na alavanca de câmbio ou pelas borboletas atrás no volante.

A versão Extreme é exclusiva do Brasil. Conta com um proeminente santantônio na cor da carroceria – lindo de ver, terrível quando é necessário carregar grandes volumes na caçamba -, bancos de couro nappa e uma pintura especial na caçamba que teoricamente serve para eliminar a necessidade de o proprietário instalar um protetor.

Na prática, a carga não é acomodada diretamente numa superfície lisa e metálica. Os objetos não escorregam quando o carro está em movimento e também não riscam a pintura original. Na caçamba, a capacidade de carga é de 1.280 litros/1.134 kg.

Em nossa pista de testes, os resultados com a Amarok 2.0 diesel foram satisfatórios. Precisamos de 11,5 segundos para ir de 0 a 100 km/h. Em consumo urbano e rodoviário, fizemos 8,8 e 10,8 km/h.

Atrás do volante dessa Jetta Big Foot Amarok, a sensação é praticamente a mesma de dirigir um carro comum, com exceção do tamanho e altura elevada – são 5,254 m de comprimento, 1,944 m de largura e 1,834 m de altura. O rodar é sólido e as reações mais diretas que as concorrentes.

Para facilitar a vida de quem dirige, há sensor crepuscular (acende automaticamente os faróis), sensor de chuva e controle de velocidade de cruzeiro (piloto automático). A coluna de direção tem ajuste de altura e profundidade, mas a direção hidráulica já poderia ter sido substituída pela assistência elétrica.

A posição do motorista equivale a de um automóvel de passeio e não há dificuldade em manobrar. A versão Extreme conta com sensores de estacionamento na dianteira e traseira, com sensor gráfico de proximidade combinado a uma câmera de ré.

As imagens são exibidas na tela do sistema multimídia batizado de “Discover Media” (tem toca-disco, entrada para cartão SD, USB, auxiliar e Bluetooth). Além do novo sistema de entretenimento, o formato das saídas de ar agora são retangulares, substituindo os difusores redondos do modelo anterior.

O ar-condicionado digital de duas zonas permite que motorista e passageiro configurem a temperatura de forma independente. Não há saída de ar para quem viaja atrás. No entanto, os três assentos traseiros contam com cinto de três pontos e encosto de cabeça. Mesmo três adultos conseguem se acomodar com relativo conforto.

Hora de falar do preço. Por R$ 177.990, a Amarok topo de linha é intermediária entre a Chevrolet S10 High Country (R$ 175.990) e a Toyota Hilux SRX (R$189.970), as versões mais equipadas das duas picapes médias líderes de mercado.

A S10 tem desempenho e consumo superiores, mas é menos segura (são só dois airbags, contra seis da VW). Já a Hilux não é nem mais equipada, nem mais performática, mas traz a força do pós-venda, robustez e baixa desvalorização característicos da Toyota. E ambas se sentem mais à vontade que a Amarok em condições off-road ou de trabalho pesado.

Se você vai rodar basicamente no asfalto, porém, nenhuma picape média (e poucos carros de passeio) são tão agradáveis de dirigir .

Teste de pista (com diesel)

• Aceleração de 0 a 100 km/h: 11,5 s
• Aceleração de 0 a 1.000 m: 33,3 s
• Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 5,2 s
• Retomada de 60 a 100 km/h (em D):6,8 s
• Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 9,4 s
• Frenagem de 60 / 80 a 0: 15,5 / 28,5 m
• Consumo urbano: 8,8 km/l
• Consumo rodoviário: 10,8 km/l
• Ruído interno (neutro / 120 km/h): 40,3 / 61,7 dBA
• Rotação do motor a 100 km/h: 1.700 rpm

Ficha Técnica: VW Amarok Extreme

• Motor: diesel, longitudinal, quatro cilindros, 16V, 1.968 cm3, turbo, 180 cv a 4.000 rpm, 42,8 mkgf a 1.750 rpm
• Câmbio: automático sequencial de 8 marchas, tração integral permanente
• Direção: hidráulica
• Suspensão: dianteira, independente com duplo A; traseira, eixo rígido
• Freios: discos ventilados na dianteira e tambor na traseira
• Rodas e pneus: 255/50 R20
• Dimensões: comprimento 525 cm, largura 194 cm, altura 183 cm, entre-eixos 309 cm, tanque de combustível 80 l, peso 2.170 kg, capacidade de carga 1.017 kg

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Fonte: Quatro Rodas.

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