O futuro já bate à porta, e as tendências de carros apresentam cada vez mais inovações e tecnologia, mostrando que tudo que assistimos na TV e cinema está cada vez mais próximo e em breve fará parte da nossa realidade.

Escrevemos este artigo para apresentar as inovações que estão por vir, como direção autônoma, eletrificação, conectividade e sustentabilidade. Aqui vamos mostrar como essas tecnologias impactam a experiência do usuário, os desafios de infraestrutura e regulamentação, além de dar um prognóstico de quando essas mudanças se consolidarão no mercado automotivo. 

Por que falar sobre carros do futuro é importante?

O tema carros do futuro e as tendências de mercado do setor automobilístico geram forte impacto não só na economia, mas na vida da população e no meio ambiente. O assunto envolve meios de transporte, veículos particulares, frotas de empresas, serviços de entrega, carros de aplicativos, e diversos outros setores. 

Questões como segurança, sustentabilidade, inovação, eficiência e a dependência de petrolíferas fazem com que o debate sobre o assunto seja necessário, e isso inclui veículos mais sustentáveis, autônomos e inteligentes estejam na pauta. 

Os carros do futuro podem contribuir para uma sociedade mais justa e sustentável, e falar sobre eles é necessário para que as mudanças físicas, sociais e jurídicas sejam implementadas, possibilitando assim uma adaptação menos ruidosa e caótica para a população e seus fabricantes.

Principais tendências dos carros do futuro

O futuro bate à porta, e há uma série de projetos em andamento, prontos para fazerem parte da nossa realidade. Vamos ver o que nos aguarda:

Carros autônomos e direção inteligente

Quem nunca viu nos desenhos e filmes os carros que não precisavam de motoristas e achavam que isso nunca ia acontecer ou somente um em um futuro muito distante? Pois parece que não está tão longe assim, já que os carros do futuro têm na automação uma das suas fortes tendências.

Eles consistem em modelos com alta tecnologia embarcada que não requerem qualquer intervenção humana na direção — ou seja, são veículos que se movem sem a necessidade de comandos do motorista. A automação ainda dá passos lentos e precisa de muito para se firmar. Hoje, essa tecnologia não é comercializada, mas vem sendo testada em táxis e veículos de aplicativo em algumas cidades pelo mundo, inclusive no Brasil. 

Muitas montadoras e empresas de tecnologia (como Google e Uber) têm investido nesse segmento. No entanto, há diversas tecnologias e melhorias de segurança a serem implantadas antes que a automação se popularize na prática. Vale dizer que há sistemas de condução semiautônomas em veículos com direção inteligente já disponíveis em alguns modelos, mas com intervenções, ainda necessárias, dos motoristas.

Eletrificação e novos modelos de energia

Já os veículos elétricos são uma presença cada vez maior nas ruas de todo o mundo, e embora sua completa validação ainda enfrente um caminho longo, o investimento em modelos elétricos, que são mais sustentáveis e silenciosos, apresentam alto desempenho e têm uma ótima eficiência energética, cresce exponencialmente.

Para se ter uma ideia de como a eletrificação já domina o globo, basta observar os países europeus — por lá, foi aprovada uma lei em 2022 que proíbe a venda de carros zero-quilômetro movidos a gasolina ou diesel a partir de 2035. E para justificar esse tipo de legislação, diversos países estão se preparando para oferecer todos os recursos necessários para a adaptação total.

Os fabricantes estão prontos para investir na integração de células fotovoltaicas ao veículo, permitindo que o próprio carro gere energia solar e aumente a sua autonomia. Bem como o sistema V2H (Vehicle-to-Home), que permite que a bateria de um carro elétrico seja usada como fonte de energia para uma casa, tornando-a mais independente da rede elétrica e fornecendo energia em caso de quedas. 

Conectividade e integração com smartphones e IA

Os fabricantes de carros estão em busca de soluções inovadoras para agregar ainda mais valor aos seus produtos, reduzir o impacto ambiental da indústria e do uso dos seus veículos, e utilizar a tecnologia a favor da sociedade. Vamos mostrar importantes pontos que estão se desenvolvendo e já fazem parte dos projetos de carros do futuro:

Sustentabilidade e materiais inovadores

Uma das principais bandeiras dos carros elétricos, senão a maior, é a sustentabilidade, e isso inclui a economia de recursos. Então o desenvolvimento e uso de materiais mais limpos e inovadores sempre foi uma das tendências e também solução para a redução do impacto ambiental na sua montagem e posteriormente no seu uso.

O uso de energia renovável, baterias com maior autonomia e mais eficientes, materiais de base biológica como o poliuretano, fibras de cactos e ligas com memória de forma, que além de deixarem os veículos mais leves, transformam as vibrações e, energia elétrica com através dos cristais piezelétricos, contribuem para uma sociedade mais sustentável.

Há ainda a crescente produção de veículos elétricos com células de hidrogênio, o que pode reduzir ainda mais a pegada de carbono, o uso de monomateriais, materiais 100% reciclados  e reciclados inúmeras vezes, contribuindo com a economia circular. Mais um cuidado que as montadoras estão tomando é o investimento em fontes de energia renováveis, como a solar e a eólica para prover suas instalações.

Experiência do usuário e personalização

Todos os veículos são projetados com um cuidado extra, pensando na experiência do usuário, e a personalização dos carros do futuro otimiza a sensação de exclusividade e segurança, especialmente graças à conectividade.

A IA é uma ferramenta fundamental para personalizar os sistemas de assistência ao condutor e para o desenvolvimento de carros autônomos, pois contribui significativamente para o aumento da eficiência e segurança do veículo.

Quais são os desafios para o futuro da mobilidade?

Por mais que as tecnologias avancem, os projetos de veículos se superem constantemente, é preciso que a sociedade esteja pronta e estruturada para receber todas essas inovações. Neste tópico apresentaremos fatores que ainda podem ser uma barreira para a implementação de novas tecnologias no transporte:

Infraestrutura de carregamento e estradas inteligentes

As estradas inteligentes contam com sensores capazes de coletar dados dos veículos na via e enviá-los em tempo real para os centros de distribuição de informações, via 5G ou wi-fi. A gestão do tráfego é otimizada com o uso de inteligência artificial e big data, contribuindo para a redução de acidentes e de congestionamentos.

Os dados coletados pelos sensores também apontam regiões onde a manutenção preventiva deve atuar, de forma a aumentar a segurança da via, e ajuda a projetar a sinalização dinâmica, otimizando o tráfego.

Também existem projetos que visam aumentar os pontos de carregamento dos veículos eletrificados em estradas, pontos fixos em locais públicos, normalmente comerciais, ou com sensores de bobinas instaladas sob a superfície das vias, permitindo o carregamento por indução, sem a necessidade de conectores ou do veículo permanecer parado.

Custos e acessibilidade dos consumidores

Com o aumento da produção, das vendas e a adaptação necessária para os chamados carros do futuro, a tendência é que haja uma redução linear dos custos de compra e manutenção dos veículos, bem como possibilitando que um número cada vez maior de usuários tenha acesso a essa opção.

A acessibilidade é um projeto bem próximo, já que a implementação de carros autônomos ou semiautônomos possibilita seu uso por uma parcela da população até então não privilegiada, como idosos e pessoas com deficiência.

Legislação, regulamentação e segurança

Cabe ressaltar que o uso de veículos sem condutores representa uma nova modalidade de “condução”, e que quaisquer situações atípicas que possam surgir com eles devem ter respaldo jurídico para que possam ser classificadas e as medidas legais possam ser tomadas.

Isso é um fator de preocupação para os responsáveis pelas leis de tráfego e agentes de trânsito, pois uma vez que um veículo não possui condutor, em quem deve cair a responsabilidade em caso de acidentes? No seu proprietário? No fabricante? Essas e outras questões ainda estão sendo estudadas e são uma espécie de entrave para a segurança dos pedestres e demais condutores.

Quando essas tendências vão se tornar realidade?

O que as tendências dos carros sugere para o futuro? Vamos apresentar a seguir o panorama atual e o que é esperado para os próximos anos:

O que já existe no mercado hoje

Os modelos de veículos hoje possuem um nível baixo de autonomia, que normalmente envolve balizas sem instruções do condutor e alertas inteligentes para mudanças de faixa.

Mas a forte onda dos carros elétricos que economizam recursos ambientais e financeiros vem crescendo, e as tecnologias empregadas neles seguem aumentando e os tornando cada vez menos dependentes dos seus condutores.

O uso de combustíveis alternativos e fontes renováveis de energia para carregamento dos eletrificados também já fazem parte da realidade, e o impacto que isso pode gerar na sociedade e no meio ambiente é bastante positivo, bem como a perspectiva de acesso a um número maior de usuários.

O que esperar para os próximos 5 a 20 anos

As tendências dos carros para os próximos anos indicam que os veículos autônomos são uma das principais opções para uma nova era na mobilidade, mais segura, acessível e tecnológica.

Os processos de adaptação aos eletrificados vêm se desenvolvendo com cada vez mais força, e se tornando uma necessidade com o aumento da frota, então a tendência dos carros eletrificados é um aumento expressivo na sua presença em todo o mundo, com condições de compra, uso e manutenção bem melhores.

Qual o impacto dos carros do futuro no mercado automotivo?

A tendência dos carros e da mobilidade em geral é a pegada sustentável, seguida pela automação. A eletrificação dos veículos e sua cada vez maior conectividade terão um impacto significativo no mercado automobilístico, que precisará se adequar às novas exigências dos consumidores e aos novos modelos de produtos à venda.

Essas mudanças afetarão a forma como os veículos serão fabricados, os materiais utilizados, o valor dos carros, a oferta de novas tecnologias, e cobrarão um realinhamento de fabricantes, clientes, e autoridades responsáveis pelas novas regulamentações que estão por vir.