Um dos componentes mais importantes de um veículo são os faróis automotivos, pois sem eles a visibilidade pode ficar seriamente comprometida e resultar em acidentes. E é justamente para quem não sabe ou não se lembra das regras, que redigimos um artigo sobre o tema.

O objetivo deste texto é mostrar aos motoristas e entusiastas a importância dos faróis automotivos para a segurança viária, bem como as tecnologias de lâmpadas, normas de uso e os tipos de faróis e sua aplicabilidade. Vamos lá!.

Por que os faróis são essenciais para a segurança viária?

O uso de faróis durante a condução de veículos é um fator de segurança que contribui com o bom andamento das vias, pois permite que os condutores, pedestres e agentes de trânsito tenham maior visibilidade do que está ocorrendo nas ruas e estradas.

Os faróis são necessários para todos os tipos de veículos em quaisquer circunstâncias, pois através da iluminação que fornecem são capazes de reduzir consideravelmente os riscos de acidentes, mesmo que em condições adversas, como em caso de chuvas, neblina ou em trechos onde a iluminação não é adequada.

Ainda que utilizados durante o dia, os faróis permitem que os veículos fiquem mais visíveis em estradas e rodovias, onde a distância para visualização geralmente é maior. Permitem sinalizar para promover a comunicação com outros condutores, facilitam a ultrapassagem, e são itens obrigatórios por lei mesmo durante o dia, em que o uso do farol baixo é obrigatório, e sua ausência pode levar a multas e pontos na carteira.

Quais são os tipos de faróis automotivos?

Vamos mostrar a seguir os principais tipos de faróis automotivos, e algumas das suas características:

Farol convencional (médio, alto, lanterna/pisca-alerta) 

O farol convencional é o mais tradicional, encontrado em todos os tipos de veículos. Ele possibilita diferentes intensidades de iluminação, pois é composto por três lâmpadas e o pisca-alerta, obrigatórios por lei.

A luz baixa é utilizada em condições normais de condução, como em túneis ou em períodos diurnos, de forma a iluminar sem ofuscar outros veículos, pois seu feixe de luz é direcionado para baixo, iluminando a via. 

Já o farol alto é mais potente e seu feixe de luz fica direcionado para a frente, iluminando a via e outros veículos. Ele só deve ser utilizado em vias onde não há iluminação suficiente e seu uso é proibido caso haja algum veículo vindo em sentido contrário para não ofuscar sua visão.

A lanterna, também conhecida como farol de posição ou de meia-luz, é de baixa intensidade e é geralmente utilizada para indicar a presença do veículo em situações com pouca ou nenhuma visibilidade, como acontece em caso de chuva ou neblina, ou durante a noite.

Farol de neblina

O farol de neblina tem uma função extremamente importante para veículos, pois é sua iluminação específica que permite uma condução mais segura em situações onde a visibilidade é muito baixa ou inexistente, como em casos de neblina, chuvas, tempestades e neve. Seu feixe de luz é direcionado de baixo para cima, de forma a ter um alcance mais amplo e não refletir na névoa e fica a aproximadamente 20 a 30 centímetros do solo.

Farol de milha (longo alcance)

O farol de milha não é um item obrigatório por lei, mas pode ser bastante útil em determinadas situações. Possui mais intensidade que o farol alto, e seu uso é proibido em vias urbanas, sendo indicado em estradas e rodovias, onde o alcance de visualização precisa ser maior.

Luz diurna (DRL) 

As luzes DRL  (Daytime Running Lights), são luzes de rodagem diurna, e seu uso é automaticamente acionado quando o veículo é ligado. Elas proporcionam maior visibilidade ao condutor durante o dia e são obrigatórias para veículos novos comercializados a partir de 2024, de acordo com a Lei 14.071/2020 (e Resolução CONTRAN 970/2022), que determina que devem ser de série. Cabe ressaltar que, apesar de serem uma medida extra de segurança, não substituem o farol baixo.

Farol oculto (pop‑up) como design automotivo clássico 

Os faróis ocultos, também chamados de escamoteáveis ou pop-up, são utilizados como um recurso de design, pois ficam escondidos em uma tampa ou na carroceria automotiva quando não estão sendo utilizados.

Das décadas de 1960 a 1990 esse tipo de farol foi muito utilizado em modelos esportivos e em veículos de luxo, pois ficaram bastante conhecidos por promover uma estética mais clean e contribuir para melhorar a aerodinâmica.

Tipos de tecnologia de lâmpadas em faróis

Neste tópico apresentaremos as lâmpadas utilizadas em faróis e suas tecnologias:

Halógenas

As lâmpadas halógenas são também chamadas de convencionais, e estão presentes na maioria dos veículos fabricados no país. A opção por esse tipo de lâmpada se dá pelo seu custo-benefício, já que possuem um valor de mercado atrativo e sua vida útil é considerada adequada. 

Xênon (HID)

As lâmpadas de xênon funcionam através o modo HID, High Intensity Discharge, que indicam que não é necessário o uso de filamentos tradicionais como nas lâmpadas de halogênio, pois seu acionamento se dá através de uma descarga elétrica na cápsula de quartzo com o xênon. Sua instalação não pode ser feita depois da compra do veículo, ela só é legal se vier como um componente original de fábrica.

LED

Uma das lâmpadas que viraram febre na indústria automotiva são as do farol de LED, como o Matrix LED utilizados no Volvo XC90 e VW Tiguan Allspace, pois sua eficiência é maior que as tradicionais. Apesar de seu custo ser maior que o das lâmpadas halógenas, o seu uso vem se popularizando em razão da maior vida útil. É importante salientar que o veículo deve sair de fábrica com a lâmpada de LED, pois sua posterior instalação não está de acordo com a legislação.

Laser

Já o uso de laser se aplica a veículos que desejam obter um alcance maior com sua iluminação. O laser é utilizado para gerar um facho de luz mais intenso, e são superiores quando comparados às lâmpadas de LED e de halogênio, ideais para rodovias e visibilidade em distâncias maiores.

Quando usar cada tipo de farol?

Quando um futuro condutor está estudando as regras de trânsito para tirar sua habilitação, é imprescindível saber as regras sobre o uso de cada tipo de farol. Para relembrar, vamos mostrar as normas de trânsito e as mudanças que ocorreram com a chegada de novos recursos nos faróis automotivos:

Uso obrigatório do farol baixo em estrada e condições adversas

O uso do farol baixo é obrigatório durante o dia em rodovias de pista simples e em condições climáticas adversas, como é o caso de chuvas, neblinas ou em túneis, seja em rodovias ou em perímetros urbanos.

No caso de rodovias de pista dupla durante o dia, ele não é obrigatório por lei, exceto em casos de baixa visibilidade. Ressaltamos que deixar de usar o farol baixo em situações mandatórias é infração média, gerando multa e pontos na CNH.

Regras para o uso de farol alto e neblina

De acordo com o CTB, o Código de Trânsito Brasileira, o uso de farol alto é obrigatório em vias com pouca iluminação, estradas rurais ou regiões que tenham vegetação mais densa. Ele também é um recurso para sinalização, como quando um condutor alterna os faróis alto e baixo para indicar ultrapassagem.

Já o farol de neblina deve ser utilizado em condições de baixa visibilidade devido a situações climáticas adversas, como chuva forte, cerração ou neve. Porém, não pode ser utilizado fora destas circunstâncias, pois se caracteriza como infração leve, gerando multa e pontos na habilitação.

Uso correto de DRL e faróis auxiliares

As luzes de condução diurna ou DRL, devem ser utilizadas, como diz seu nome, durante o dia, em substituição ao farol baixo. Podem ser acionadas em rodovias em substituição ao farol baixo, de acordo com as normas de trânsito, mas apenas se as condições de visibilidade forem boas. O descumprimento da lei pode gerar multa e pontos na CNH.

Já os faróis auxiliares, tanto os de neblina quanto os de milha, possuem diferentes funções e regulamentações. Os de neblina têm seu uso obrigatório em condições climáticas desfavoráveis, como mencionamos anteriormente. 

E os de milha são um recurso opcional, para aumentar a visibilidade em determinadas circunstâncias. Cada veículo pode ter instalado até dois faróis auxiliares, desde que estejam vinculados ao farol alto e o processo seja feito por profissionais que estejam capacitados e conheçam as regras.

Manutenção e regulamentação

Vamos às normas de uso de faróis automotivos:

Regulamentação pelo CONTRAN sobre LED/  Xênon

De acordo com o CONTRAN, na Resolução 667/17, fica proibida a substituição de lâmpadas halógenas pelas de LED ou xênon. A permissão é concedida caso o veículo saia de fábrica com uma delas já instalada. Caso a lei seja desrespeitada, a infração considerada grave gera multa, pontos na carteira e retenção do veículo para sua regularização, que é de responsabilidade do proprietário.

Multas e infrações associadas ao uso incorreto 

Caso o condutor não utilize de forma adequada os faróis automotivos, ele estará sujeito a multas, penalizações e ao recolhimento do veículo para substituição das lâmpadas. O CTB prevê que situações como dirigir com faróis apagados,  farol alto em vias proibidas, lâmpadas queimadas ou que não sejam originais de fábrica, serão consideradas infrações. Os valores das multas variam de R$ 130,16 a R$ 195,23, e podem resultar em 4 até 5 pontos na carteira.

Boas práticas de manutenção: limpeza, regulagem e substituição

Por uma questão de segurança e para evitar multas e penalizações, é muito importante realizar constantemente a manutenção dos faróis automotivos. A limpeza regular evita o acúmulo de sujeiras que atrapalhem a eficiência do farol. 

A regulagem dos faróis e constantes verificações do funcionamento das lâmpadas também são fundamentais. Cheque se a vedação do farol está em dia. Caso ocorra qualquer tipo de dano, faça o reparo ou a substituição o mais rápido possível e evite rodar com o veículo antes do conserto.

Com a ajuda do Grupo AB, especializado em manutenção automotiva, inspeções e reparos de iluminação veicular conforme as normas do CONTRAN, é possível estar sempre em  segurança e de acordo com a legislação, evitando assim multas, pontos na CNH e apreensão do veículo.