Harley-Davidson elétrica chega em 5 anos e Brasil 'está no radar'

Primeira moto elétrica da empresa será lançada dentro de 5 anos. Motocicleta já foi testada em Nova York

G1 rodou com Harley-Davidson elétrica LiveWire em Nova York (Foto: Peter Reitzfeld / Divulgação)

A Harley-Davidson elétrica deve chegar ao mercado mundial dentro de 5 anos, confirmou a montadora norte-americana. Além de dar um prazo máximo para que o projeto LiveWire seja lançado, a empresa também não descartou vender o modelo no Brasil.

“Com o tempo, esperamos vender a LiveWire em todo o mundo. O Brasil, como um dos maiores mercados de motocicleta do mundo, é chave para a empresa e também está em nosso radar”, disse Júlio Vitti, gerente regional de planejamento de produto.
“Nós não temos uma data específica para o lançamento da motocicleta elétrica, mas nossa expectativa é que aconteça nos próximos 5 anos”, explicou Vitti, que agora trabalha diretamente na Harley-Davidson nos Estados Unidos, depois de ser gerente de marketing da marca no Brasil.
A moto elétrica da Harley foi apresentada ao mundo em 2014, em Nova York, ainda como protótipo ( assista ao vídeo das primeiras impressões aqui ). Conhecida por suas motos com grandes e barulhentos motores, a marca norte-americana surpreendeu ao investir na tecnologia.
Até então, nenhuma das principais fabricantes havia investido em uma motocicleta de verdade, com esse tipo de motor.
Mesmo nos Estados Unidos, onde as motos elétricas possuem mais representantes, como as pequenas marcas Brammo, comprada pela Victory, e Zero, o surgimento de uma Harley-Davidson muda o cenário. Completando 113 anos de história em 2016, a empresa é conhecida por basear sua linha em modelos clássicos e “beberrões” de gasolina, sem esbanjar tecnologia.
Entre as grandes marcas, apenas a BMW possui um modelo elétrico à venda: trata-se de um scooter, o C Evolution , com o objetivo de ser um meio de transporte prático para deslocamentos urbanos, e não uma moto, como no caso da H-D. Comercializado na Europa, ele não é oferecido no Brasil.

Desenvolvimento da moto

A ideia da empresa em apresentar o modelo antes de seu lançamento final foi para ir aperfeiçoando a LiveWire. Para isso, realiza uma turnê com o modelo ao redor do mundo para ouvir as opiniões dos consumidores.
“O processo de desenvolvimento do produto está indo muito bem, utilizando as informações que recebemos dos próprios motociclistas”, disse Vitti. Inclusive, o modelo já esteve no Brasil, durante o Salão Duas Rodas 2015 .

Harley-Davidson elétrica LiveWire (Foto: Divulgação / EICMA)

Apesar de destacar os avanços do projeto, a marca não revela quais serão as mudanças em relação ao protótipo inicial e nem se mais versões, além da de estilo naked, serão produzidas.

Primeiras impressões

Em 2014, a primeira impressão ao olhar a moto de perto é que ela já estava pronta para ser vendida, com um acabamento esmerado, diferente de protótipos que costumam ser vistos nos salões internacionais. Apenas alguns detalhes ainda precisavam de um cuidado maior, como fios que parecem não ter recebido a finalização devida.
Visualmente, a LiveWire também quebra com a tradição da marca e é capaz de transmitir uma modernidade nunca vista em motos da H-D. Antes, quem chegou mais longe foi a linha V-Rod, de quem a moto elétrica carrega algumas similaridades. Também existe algo de XR 1200 na moto e, inclusive, as suspensões dianteiras foram herdadas dela.

(Foto: G1 / Divulgação)

No entanto, a empresa conseguiu manter seu DNA na moto: basta olhar para dizer “sim, é uma Harley-Davidson”. Isso fica nítido em detalhes como farol dianteiro, para-lamas e botões de comando da motocicleta.
A moto é essencialmente uma naked, ou seja, apresenta um conjunto sem carenagens e com uma pegada de esportividade e tamanho compacto, fugindo do que se vê nas imensas touring e custom da H-D. Detalhes como os piscas integrados aos retrovisores e o desenho do chassi trazem linhas futurísticas à moto.

Boa opção para a cidade

Ao contrário da maioria das Harleys, a LiveWire pode ser uma boa opção para deslocamentos urbanos, o que foi comprovado durante o trajeto percorrido em Manhattan. Diferente do que faz com seus modelos, para este a divulgou a potência do motor: 74 cavalos de potência e 7,14 kgfm de torque, números dignos de um modelo de médio porte com propulsor movido a combustão.
Além disso, pelo comportamento típico dos motores elétricos, de já entregar bastante força em giros baixos, ao contrário das motos tradicionais, a LiveWire oferece uma esportividade empolgante.
Com a capacidade de fazer de 0 a 100 km/h em 4 segundos, segundo a fabricante, a moto transmite uma aceleração contundente. Essa "veia" radical também é percebida no posicionamento do motociclista que, apesar de natural e confortável, insinua uma dose de esportividade.
No entanto, não foi possível levar a LiveWire ao limite no meio da cidade, onde a velocidade é restrita. A Harley-Davidson diz que a moto é capaz de atingir 148 km/h de velocidade máxima limitada eletronicamente, número que poderia ser maior, mas teve de ser restringido por regras de legislação.
Para ligá-la, basta apertar um botão no punho direito e a moto já está em funcionamento, totalmente silenciosa. Somente após girar o acelerador que é possível perceber que está ligada e o barulho do motor começa a aparecer.

Harley-Davidson elétrica LiveWire (Foto: Rafael Miotto / G1)

Pela natureza do motor elétrico, o conjunto apresenta apenas uma única marcha e não tem embreagem nem pedal de câmbio. Isto poderia acarretar em dificuldades para controlar a moto e realizar manobras em baixa velocidade, como é normal em outras motos elétricas, mas isso não acontece com a H-D.
O tato oferecido pelo acelerador está bem ajustado e é possível realizar aquelas manobras típicas de cidade com engarrafamentos, controlando a moto com a ajuda do freio traseiro. Seu ângulo de esterço é mediano; não é ótimo, mas também não chega a comprometer.
Apenas o conjunto de baterias pesa 113,5 kg – peso equivalente ao uma Honda CG 150 - e a massa total da moto não é baixa: são 210 kg. No entanto, sua distribuição foi bem realizada pela fabricante americana, permitindo que a moto tenha uma tocada ágil e fácil de ser feita.
A marca escolheu por fazer a LiveWire uma monoposto, ou seja, somente há espaço para o piloto. Com a ausência de espaço para o garupa, a traseira ficou bem afilada e pequena, sendo que o suporte da placa foi levado para próximo do pneu, como ocorre em Ducati Diavel e MV Agusta Rivale. Este é o mesmo local para onde foram deslocados os piscas traseiros.

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Fonte: Auto Esporte



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